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SBK Séries 2011: mulheres conquistam espaço na motovelocidade

Única representante do sexo feminino ainda luta na busca por patrocínio

Cris no boxe pouco antes de entrar na pista
Com 32 anos e há dez anos sobre as duas rodas, a pilota Cristiane Trentim disputa seu primeiro campeonato no Pirelli Mobil Superbike, na categoria pró-light. Com uma boa expectativa, Cris vai entrar na pista com a expectativa de, ao menos, chegar ao final da prova como entrou. “O importante, no começo da vida de um piloto, é sair inteiro”, brinca ela.
Cristiane espera fazer as provas com tranqüilidade, principalmente porque suas aulas no curso de pilotagem começam somente amanhã, 28, ou seja, depois de sua estréia nas pistas e seguindo uma ordem inversa. Por isso quer ir com cuidado e chegar bem nas etapas finais. No sábado,26, por falta de pneu ela ocupou a 13ª posição nos treinos classificatórios.  
Ela se orgulha de ser a única representante do sexo feminino no autódromo José Carlos Pace, em Interlagos (SP) no Superbike Séries 2011, e incentiva outras mulheres a participar dessa modalidade do esporte. “Meu marido não compete e sempre me acompanha para dar apoio, mas nunca tive problemas por ser mulher”, explica Cristiane.
De acordo com Cris, quando está nas pistas a concorrência é a mesma e todos são iguais, homens ou mulheres, afinal, afirma, todos querem a mesma coisa: vencer. Mas, ela destaca que pelo fato de ser tradicional a participação de homens nas provas, a mídia ainda dá pouco espaço para as mulheres que participam destas competições.

Na pista ela afirma que não há diferença entre homem e mulher
Desde jovem sempre foi apaixonada por motociclismo e velocidade, tanto que já teve cinco 750cc para circular nas ruas e optou por uma da mesma cilindrada para as pistas também. Desde setembro de 2010 ela e a equipe começaram a busca por patrocínio, mas ainda não conseguiram.
Segundo Cris, hoje investem boa parte do próprio bolso e o restante vem do patrocínio de algumas empresas que ajudam na manutenção da equipe, sem, porém, muito luxo com altos salários ou investimentos pesados.”O ideal é que os patrocinadores colaborem para nos manter na competição oferecendo mecânicos, por exemplo”, diz Cris.

Cris e o colega de equipe na esperança de conquistar novos patrocinadores
Ela reforça que essa dificuldade de encontrar patrocinadores não se restringe apenas às mulheres, mas a qualquer aspirante do motociclismo, inclusive para seu companheiro de equipe Anderson Rodrigo Pregnolato, mais conhecido como Rocky

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